A Quaresma é o tempo litúrgico que precede e dispõe as almas para as alegrias vindouras da Páscoa. E, como reza o Ofício Divino, a Quaresma é o tempo de “Penitência, de conversão e de salvação”. (antífona da Hora Média, na oração das nove horas).
A Igreja, instituindo a Quaresma, reveste do caráter solene e grave não somente a Ela própria, simbolizado pela cor roxa nas vestes litúrgicas, mas também a todos os fiéis que procuram praticar a tão preconizada virtude da penitência e imitar o jejum de Nosso Senhor no deserto. Tal instituição, cuja origem remonta ao século III, inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, com a cerimônia de distribuição das cinzas, e estende-se até à quarta-feira da Semana Santa.
Qual terna Mãe, a Santa Igreja interrompe por um instante a longa penitência da Quaresma, a fim de estimular a nossa confiança e coragem com o vislumbre e os antegozos da festividade da Páscoa. É o Domingo Laetare, quarto da Quaresma, cujo traço característico é o júbilo, representado na cor rósea da liturgia. Porém, não se esquecendo da penitência, com o objetivo exprimir a combinação entre o gozo e a penitência, foi instituída a cor Rósea, na liturgia. O róseo é um misto do roxo com o branco, um misto de radiante alegria com uma solene e sublime tristeza que simboliza a morte e ressureição de Nosso Senhor Jesus Cristo. E por fim, assim reza a Santa Igreja na antífona de entrada deste dia: “Laetare, Ierusalem…” (Alegra-te, Jerusalem).
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