Nossa Senhora de Paris       Todos nós já recebemos de alguma forma uma graça particular em relação a pessoa de Nossa Senhora. Para alguns, talvez seja a consideração da bondade que Ela tem para com os homens. Para outros, os inúmeros privilégios com que Ela foi ornada pela Santíssima Trindade. Mas uma coisa é certa, todos temos em relação a Nossa Senhora um amor filial, mas também uma admiração e uma veneração que um súdito tem a sua rainha.

Maria Santíssima é absolutamente, a Rainha por excelência. Alguns poderiam se perguntar: “Como será a postura própria a Rainha do Universo? Como será Aquela a quem os Anjos obedecem ao simples ecoar de sua voz, a quem os homens reverenciam na terra e os Santos glorificam no Céu? Como será Essa a quem Deus escolheu por Filha, Mãe e Esposa, dando o poder de medianeira do seu maior tesouro?”

Uma nota característica de uma soberana é a sua condescendência para com seus súditos. Vemos por exemplo, na Imagem de Nossa Senhora das Graças, lindamente representada essa bondade da Rainha dos Anjos; inclinada de braços abertos como que, querendo dizer: “Diga meu filho, o que tem a me pedir? Estou aqui disposta a lhe atender!”

Outra qualidade própria a uma Rainha, é a sua majestade. Vendo uma imagem d’Ela, ornada de joias, dos mais belos tecidos, que não são nada em comparação as joias de sua Alma, temos a seguinte certeza; não houve em toda a história uma rainha que se compare com Ela em matéria de nobreza. Todas as suas imagens apresentam esse Charme, essa elegância sem medida que encanta a Deus ao ponto de tê-la tomado como esposa. Uma Dama sem mancha e sem ruga.

Mas a principal qualidade que deve ser apresentada por uma rainha é a sua Santidade. Nossa Senhora em matéria de virtudes é fora de toda e qualquer comparação. Poderia se passar toda a vida analisando apenas uma única virtude d’Ela, e ao deixar essa vida, não chegaríamos sequer no começo. “De Maria numquam satis”, sobre Maria jamais se dirá o bastante, afirma o Doutor Melífluo, São Bernardo de Claraval.

Nossa Senhora Rainha        Mons. João Clá Dias, nos disse que, se alguém nos apresentar uma bandeja contendo pedras brutas, pedras de Ágata e no centro, um Rubi, e dizer: ” Escolha uma e pode levar”. Quem será o louco que vai pegar um pedregulho? Todos vão escolher o rubi. Deus também faz assim, Ele escolhe aquilo que há de mais excelente para si, por essa razão, escolheu a Nossa Senhora; Ela que possui todas as qualidades próprias a uma Rainha, e em grau tão excelso, que conquistou d’Ele a Graça de estar ao seu lado como Soberana.

Texto: Andrey Santos

Fotos: Arquivo Arautos do Evangelho