O triunfo, a cruz e a glória.
Após a Quaresma, a Semana Santa vem encerrar o período dedicado à “Penitência, conversão e salvação”, nos preparando para os grandes acontecimentos da Paixão e Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Durante os trinta e três anos que Nosso Senhor viveu, com quantos benefícios, quantos milagres ele fez! São cegos que veem, aleijados que andam e até mortos que ressuscitam!
Aquele que tanto bem fez, não poderia deixar de prepará-los para tão grandiosos acontecimentos… Deixou-nos o mais sublime dos Sacramentos: A Sagrada Eucaristia!
Quando estava prestes e ser capturado pelos seus perseguidores, reuniu seus discípulos e disse : “Tomai, comei, isto é o meu Corpo’ (Mt 26, 26), ‘entregue por vós’ (I Cor 11, 24). E, tomando o cálice, passou aos discípulos dizendo-lhes: ‘Bebei dele todos, pois este é o meu Sangue na Nova Aliança, que é derramado em favor de muitos, para a remissão dos pecados’ (Mt 26, 27-28)”.
Assim deixou-nos o maior penhor de toda a Criação: Ele próprio! Com Ele tudo podemos, sem Ele só há ruína e perdição.
Após instituição de tão sublime Sacramento, seus discípulos estavam prontos, menos um: Judas Scariotes… o traidor.
Na noite da quinta-feira, os soldados romanos estavam à procura de Nosso Senhor. Por indicação do traidor encontraram-no, interrogaram-no e o prenderam.
O mesmo Jesus que antes fora aclamado como Rei pela multidão, agora é injuriado, caluniado e flagelado. O mesmo povo que antes o reverenciava com Hosanas, agora desejam-lhe a crucifixão. Cambaleante e exangue, carregando o peso de nossos pecados, forçosamente chegara ao alto do calvário para consumar aquilo que o Pai lhe pedira.
“Pai, em vossas mãos eu entrego meu espírito”.
As trevas, tomaram conta da face da Terra. O luto e a indignação, da alma dos fiéis.
Mas, onde estás, ó morte? Onde está o teu aguilhão? Jesus morreu para vencer a morte, ela foi vencida pelo criador da vida. Nosso Senhor não teve medo daqueles que matam o corpo. Muito pelo contrário! Ele veio nos trazer a verdadeira vida, mostrando que, por seu exemplo, devemos não viver para o mundo, mas sim para Deus.
Padecendo horrendos sofrimentos, foram abertas chagas para que nos abrigássemos nelas. Derramou seu sangue para nos inebriar com sua Divindade. Do sangue e da água que abriram ao seu lado, uma preciosíssima fonte para nos lavarmos.
Tudo isso está simbolizado nas cerimônias do Tríduo Pascal.
Na Quinta-feira Santa, celebramos a instituição da eucaristia. E, para simbolizar a traição de Judas e a prisão do Salvador, a Igreja se priva de todos os ornamentos num ato intitulado Desnudação dos Altares.
Na Sexta-feira Santa o ato litúrgico se dá às 15:00 horas, horário em que morreu Nosso Senhor Jesus Cristo.
Também é costume que nesse dia se reze a Via Sacra, e, para melhor contemplar todos os fatos nela contidos, foram realizadas encenações.
Por fim, temos a Sábado Santo ou Sábado de Aleluia. Cerimônia na qual a Igreja anuncia a Páscoa, as flores e a música voltam a ornar a celebração e todos os fiéis se rejubilam com a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo!
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