“A Paris da Selva”, esse foi o dito de um turista ao fazer uma visita a capital amazonense; Manaus. O estilo colonial foi muito utilizado, sobretudo na época dourada que foi a era da borracha.

Recebendo grande influência europeia, no centro da cidade existe um grande número de edifícios com o vislumbre da França de antigos tempos.

Dentre os numerosos prédios, com toda certeza, o de maior destaque é o Teatro Amazonas.

Construído em 1896 pelo capitão engenheiro Eduardo Gonçalves Ribeiro, governador do estado na época, é uma obra artística de primor, sendo alvo de admiração de muitos turistas que visitam o Amazonas.

Pisos belamente trabalhados em madeira formando figuras geométricas, colunas em metal com capitéis floridos com escudos onde estão gravados os nomes de grandes compositores do século XIX, máscaras representando as antigas glórias do Teatro Grego. Vê-se nesse teatro resquícios da “Doceur de Vivre” – Doçura de Viver – da França do século XVII.

Um grande destaque do teatro, é o belo teto pintado por Crispim do Amaral. O artista pintou uma cena um tanto curiosa, ilustrando a Torre Eiffel vista de baixo, quis assim, que as pessoas que a vissem tivessem realmente a sensação de estar dentro de Paris. Nessa pintura estão representadas as quatro principais obras do Teatro; A Ópera, a Tragédia, A Música e a Dança.

Existe uma sala de grande categoria, onde todas as paredes são revestidas com telas muito bem pintadas, representando cenas do ambiente e da cultura amazonense. Há nessa sala um belo assoalho de madeira trabalhada conferindo uma elegância ímpar ao ambiente sem falar do teto e dos arcos policromados que compõem o salão.

Bom gosto, charme, categoria e elegância, o Teatro Amazonas é uma pérola colocada no centro de Manaus, uma obra estupenda e de inconfundível beleza. Àqueles que tiverem a oportunidade de vir ao Amazonas  precisam conhecê-lo. Belos edifícios fazem o homem pensar em coisas superiores e elevadas, a contemplação de maravilhas alarga os horizontes e nos faz crescer tanto no senso moral como no intelectual. É necessário crescer no amor ao maravilhoso, para assim, se crescer no amor de Deus, autor e fonte de todas as maravilhas.

Texto: Andrey Santos

Fotos: Arautos do Evangelho